quarta-feira, 28 de abril de 2021

Como você cuida da sua saúde mental?


A pandemia do coronavírus trouxe à tona problemas que já existiam em nossa sociedade mas eram mascarados. Hoje a expansão da contaminação pelo coronavírus, faz com que muitas pessoas, além de não poderem sair de casa, quando podem sentem medo, ansiedade. “A pandemia desorganiza nossas certezas e desestrutura nossos comportamentos, o vírus é uma pulsão de morte!”, constata a psicanalista Vanessa Higino.
“O sentimento de medo nos assombra 24 horas por dia, porém não afetam a todos os seres da mesma forma,  esse comportamento muda de acordo com a classe social e intelectual”, ressalta Vanessa.
São sentimentos que afetam nosso rendimento, nossa concentração, nossos relacionamentos.”As pessoas relatam muitas angustias, principalmente sobre a privação de liberdade, ou o confinamento familiar e profissional, o medo é generalizado”, afirma Vanessa.
E isso faz com que as pessoas tenham reações que são prejudiciais para as nossas vidas. “ O Medo de de ficar doente  faz com que as pessoas fiquem mais paranóicas, isso leva ao stress, esgotamento mental, fobia social, transtorno de ansiedade... quadros que se tornaram muito comuns nessa fase pandêmica,  a convivência interna, rotineira das famílias mais o trabalho home office tem gerado grandes crises familiares e violência”, alerta Vanessa. O Brasil teve mais de 105 mil denúncias de violência contra a mulher, segundo relatório divulgado pelas plataformas do disque  100 e ligue180. Só em São Paulo houve um aumento de 555%, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
E como as pessoas podem lidar melhor com esse tipo de situação? Ao contrário do que alguns podem pensar,  Há saídas para melhorar nossa saúde mental nesse momento.  “Creio que ter informações, status sobre  a pandemia é importante, porém ficar muito conectado  nesse tema não é saudável para qualquer humano. Devemos ocupar nosso tempo com diversidades de assuntos, intercalando  rotinas domésticas e profissionais  o mais próximo do normal,  não temos previsão de quando isso mudará, então nos  adequar a novos padrões se fazem necessário”, pondera Vanessa.
A fé pode ser uma grande aliada. “Outro pilar importante nesse momento é o espiritual, nos aproximar de Deus ajuda muito!”, acrescenta Vanessa. Para os céticos, “o autoconhecimento e aceitação é um bom principio para lidar com esse momento”, acrescenta  Vanessa. A tecnologia que temos disponível hoje pode ser usada a esse favor também. “Temos canais de comunicação através de internet que podem  e devem ser usados para nos aproximar dos nossos entes queridos  e dos amigos, usando de maneira correta, diminui os vazios”, diz Vanessa.

Além disso, o fato das pessoas serem privadas de coisas como o direito de ir e vir e de passarem muito tempo em casa, o que não acontecia antes da pandemia faz com que os números de suicídio aumentem, por exemplo. “ As questões econômicas e financeiras têm provocado alguns surtos o que levam ao suicídio”, afirma Vanessa.
Segundo  a Organização Mundial da Saúde, cerca de 1 milhão de pessoas tiram a própria vida por ano (uma a cada 40 segundos), e, no Brasil, os casos passam de 12 mil. No Japão, o índice aumentou 70%, em comparação com o ano anterior.
Mas nem todas as classes sociais são afetadas por essa constatação.  “Esses sintomas são inerentes aos médios e pequenos comerciantes e empresários, mais os autônomos. A fome já está assombrando muitos lares, e esse nível social é o mais afetado pela pandemia”, alerta Vanessa.
O total de pessoas pobres chegou a 209 milhões no fim do ano passado, 22 milhões a mais do que em 2019, de acordo com o relatório Panorama Social da América Latina, divulgado em março.

É visível o surgimento daqueles que negam a realidade, e porque isso acontece? “O ser humano não lida bem com a privação, hora seu comportamento se altera a uma certa agressividade e rebeldia, levando uns a furar a quarentena ou agredindo físico ou verbalmente os seus e o meio” relata Vanessa. Mais do que isso, “As pessoas  não lidam bem com seu próprio eu, as redes sociais comprovam essa fala”, reitera Vanessa.
Esse momento afeta a dinâmica das famílias e os relacionamentos entre eles. “Acho que  a convivência isolada e o alto nível de preocupação geram muitos conflitos que podem levar a separações. Sempre digo que tomar decisões em momentos onde emoções imperam não é indicado. Precisamos nos alicerçar nos princípios, crenças e valores, assim facilitam a convivência conjugal”, sustenta Vanessa.
Enxergar o lado bom das coisas é algo difícil, mas ele sempre existe. “ Adaptações são necessárias.
Não podemos esquecer que apesar da letalidade do vírus, não é uma guerra do Iraque,  não tem conflitos armados, não há bombas; não estou dizendo que é maravilhoso, mas comparando entre a vida e a morte, não é nada o isolamento social diante disso, pois temos Skype, temos zoom, acesso a alimentos e remédios”, pondera Vanessa.

Esses momentos difíceis podem ajudar as pessoas a melhorarem muitos aspectos da sua vida. Algumas pessoas readequam suas prioridades, outras passam a valorizar as coisas simples da vida, como a vida em família, o relacionamento com os amigos, ou o simples fato de estar vivo. Mas isso não acontece com todos.”Existe uma fatia que sim, enxergam as coisas dessa forma,  resignificando  muitas coisas, principalmente quem passou pela doença e sobreviveu ou perdeu alguém,  porém quem não tem essa sensibilidade de ver o momento como oportunidade de ser melhor, continuará como é ou até pior “, enfatiza Vanessa.
Um ano depois do começo dessa pandemia podemos enxergar uma luz no fim do túnel. Em tempo recorde, cientistas criaram vacinas que nos dão esperança de dias melhores e a esperança de que nossas vidas, um dia podem voltar a ser o mais próximo do que nossas vidas eram antes. Muita coisa vai mudar, isso não há dúvidas, mas poderemos voltar a fazer as coisas que desejamos e não podemos ou não conseguimos fazer agora, a encontrar as pessoas e a viver de uma forma mais livre do que hoje.

 

terça-feira, 9 de março de 2021

Para um mundo melhor

 2020 foi o ano que o mundo parou, ruas completamente vazias lembravam cenários mostrados tanto na série de TV The Walking Dead, que retrata um apocalipse zumbi, como no filme Ensaio sobre a cegueira, baseado no livro de José Saramago, sobre uma epidemia chamada cegueira branca. E essas duas obras tem muito mais coisas em comum com a pandemia de coronavírus do que apenas o cenário, nas duas um vírus desconhecido causou essas realidades expostas. Na nossa realidade vivida hoje, a pandemia do coronavírus nos trouxe o isolamento, a doença, a morte e  tudo isso aumentou a desigualdade entre as pessoas, fez com que muitas perdessem sua fonte de renda, aumentou também  a distância que separa as pessoas em categorias sociais, "Somos classificados pelo dinheiro", como resume o filósofo Mário Sérgio Cortella. 

Consequentemente, a miséria aumentou, como  aponta o último balanço divulgado pelo Ministério da Cidadania, em que mostra que 14 milhões de brasileiros viviam na extrema pobreza em outubro de 2020, maior número desde outubro de 2014, esse total equivale a 39,99 milhões de pessoas com renda per capita de R$ 89. Além disso, desde o início do governo Bolsonaro houve um salto de 1,3 milhão de famílias em condição de miséria. Eram 12,3 milhões no final de 2018.

  1. Mesmo  com a ajuda do governo federal, que manteve a qualidade e melhorou a vida de muitos brasileiros, mas que  depois do seu término fez com que 69% das pessoas que receberam o auxílio emergencial  não encontrassem outra fonte de renda para substituir a ausência do benefício que acabou no final de 2020, como aponta uma pesquisa divulgada pelo Folha de S. Paulo,  feita entre os dias 21 e 22 de Janeiro de 2021 com 2.030 brasileiros, que mostra também um crescimento mais baixo do que a média nacional para esse ano. 
Em outra pesquisa feita pela consultoria Tendências  que projeta uma queda de cerca de 8% nas rendas dos cidadãos das regiões norte e Nordeste, vemos que muitas pessoas estão com dificuldade de se adaptar a essa nova realidade, ao novo normal como muitas pessoas classificam.
Ainda Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( Ipea), 2,9 milhões de domicílios sobreviveram em novembro, apenas com o valor do benefício.
E hoje, 1 ano  depois do começo da pandemia, 32 milhões de brasileiros foram afetados pela falta de trabalho desde o quarto trimestre de 2020, destes 5,8 milhões desistiram de se inserir novamente no mercado de trabalho, segundo dados do IBGE. 
Já a taxa de desemprego no ano passado foi de 13,5%, a maior da série iniciada em 2012, o número de desempregados no fim de 2020 foi estimada em 13,9 milhões.
Apesar dos números surpreendentes, a pandemia, também trouxe mudanças para a vida em sociedade, o isolamento conseguiu unir famílias, aproximar casais dos filhos, fez com que encontrássemos outras formas de ver os amigos e familiares distantes, seja apenas por uma ligação ou mesmo uma videochamada , pra rever o outro, não pessoalmente, mas ver seu rosto, suas expressões, seu sorriso, fez as pessoas reverem suas prioridades. A escritora Clarice Lispector, em sua última entrevista, no final dos anos 70, já dizia que:  “as coisas mais simples são recebidas com dificuldade.”
Mais ainda ainda, a pandemia fez lojas, bares e restaurantes a adotarem sistemas de entrega e compras online, e as empresas adotarem uma nova forma de trabalho, o home office, em que as pessoas exercem as mesmas funções que estariam fazendo na empresa, só que em casa.
 Em 2019, em uma entrevista ao programa de TV Roda Viva, transmitido pelo Canal Cultura de Televisão, o historiador israelense Yuval Harari fez um alerta para a necessidade das pessoas se adaptarem às mudanças, porque isso vai se tornar cada vez mais constante no futuro, e em 2020 ele diz que: “o perigo não é  o vírus, mas a ganância e a ignorância.”

 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Uma virada no tempo

 Estamos vivendo uma situação que quase ninguém imaginava que pudesse acontecer em nossas vidas, de termos que algo que pudesse nos privar de nossa liberdade, do nosso direito de ir e vir, tudo por causa de um vírus, uma criatura que nem é considerado um ser vivo, mas que causa um estrago tremendo em nossas vidas, além de ter acarretado ao mesmo tempo milhares e milhares de mortes em todo o mundo e em pouco tempo, mas o que tudo isso está nos mostrando? O que tudo isso pode mudar em nós? É essa a pergunta que todos devemos fazer a nós mesmos e é o tipo de pergunta que eu me fiz há 10 anos atrás quando sofri o AVC, depois do impacto inicial, de entender tudo o que estava acontecendo em minha vida, eu comecei a me perguntar: qual caminho eu devo seguir? Eu tinha duas opções: ou eu me entregava a vitimização, a depressão de ter a minha vida interrompida por um acidente, ou eu levantava minha cabeça e seguia em frente;  até que o médico que me operou me disse que eu podia voltar a ter uma vida normal, e foi então que eu decidi que eu queria voltar a ter uma vida normal. Eu sempre soube que eu nunca voltaria a ser o que eu era antes, que eu sempre teria minhas limitações, mas que eu podia me dedicar pra chegar cada vez mais próximo daquilo que eu era antes, e hoje 10 anos depois eu vejo que meu objetivo foi alcançado, eu tenho as minhas limitações, algumas coisas ainda não consegui recuperar, isso não quer dizer que eu desisti, mas eu tenho uma vida normal. Depois de ter sido privada da minha liberdade, de ter ficado um ano na cadeira de rodas, hoje eu consigo ir onde eu quiser e a hora que eu quiser, faço todas as minhas coisas sozinha, e de uma forma ou de outra esse período fez com que eu passasse esse tempo de isolamento sem ficar pensando naquilo que eu não podia fazer, mas pensando naquilo que eu podia fazer, e foi isso que eu fiz, então eu aproveitei que eu estava, ou melhor ainda estou fazendo todas as minhas atividades em casa e naquele tempo de era usado para o deslocamento ou então naqueles dias que provavelmente eu estaria fora de casa, com outras pessoas, eu aproveitei pra estudar, porque além de tudo eu estou fazendo outra faculdade, remotamente, o que foi ótimo, porque nada foi alterado, pelo contrário, eu ganhei mais tempo para me dedicar, além disso eu  fiz alguns cursos online, aproveitei pra assistir filmes e séries, que estavam na minha lista há tempos, aproveitei para ler, algo que eu gosto tanto, aproveitei para economizar um dinheiro e vi que não é tão difícil fazer isso, como a maioria das pessoas pensam e agora eu sei como aproveitar o meu tempo de maneira mais eficiente e como organizar as minhas contas e despesas. Eu vejo relatos de gente que começou a valorizar as coisas simples, que se martirizava por ter que ficar em casa por tanto tempo, mas isso foi algo que passei lá atrás no começo da minha recuperação, então essa fase foi pra mim de reflexão, de pensar em como eu iria ocupar o meu tempo sem ser só com streaming ou então dormindo e comecei a procurar outras alternativas, continuei seguindo minha rotina como se estivesse fazendo tudo fora de casa, continuo acordando, me alimentando e indo dormir no mesmo horário de antes, apenas acrescentei mais coisas  produtivas no meu dia,  e com isso eu nem tenho tempo pra pensar que estou fazendo tudo em casa. Hoje 9 meses depois que tudo começou eu ainda continuo fazendo tudo em casa, saio muito pouco, é mais pra  ir no médico ou então na casa da minha irmã, e posso dizer que não  me sinto prejudicada em nada, não vou dizer que eu ganhei alguma coisa com isso, porque seria completamente insensível, esquecer todas as vidas que foram perdidas, por mais que não seja nenhum conhecido meu, mas eram vidas, e posso dizer que está sendo uma fase de conhecimento e reflexão. A partir do momento que pensamos naquilo que podemos fazer e não naquilo que não podemos, que pensamos no presente e não no passado ou no futuro, nossas perspectivas mudam completamente e isso faz com que possamos melhorar ou piorar as nossas vidas e essa escolha será somente nossa.


 

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Planos e Sonhos

Algo muito valioso que essa  quarentena pode nos ensinar é a não deixar nada pra depois.

Eu sou uma pessoa muito organizada, minha cabeça só funciona assim. Meus irmãos e minha mãe as vezes reclamam desse jeito sistemático de ser, mas não tem jeito eu só consigo raciocinar de maneira organizada, e isso faz com que eu não deixe nada pra depois, a não ser que naquele momento eu realmente não consiga fazer, mas eu não penso logo num primeiro momento, “vou deixar pra fazer isso depois”. 
Depois que eu tive o AVC eu vi como isso foi importante, porque eu fiquei 2 meses internada no hospital, um ano na cadeira de rodas e principalmente nessas épocas, eu pensava: “como foi bom eu ter feito tudo o que eu quis fazer “, porque eu realmente eu fiz. Antes de eu fazer jornalismo eu comecei a cursar outra faculdade, mas eu não gostei do curso, desisti e foi então que eu escolhi o jornalismo e essa foi uma das decisões mais acertadas da minha vida, porque eu sou muito realizada na minha profissão. E agora com 38 anos, decidi fazer outra faculdade, pra complementar a que eu tenho, não que eu tenha deixado para fazer isso pra depois, mas uma coisa influenciou na outra. Hoje eu faço Sociologia, mas eu não teria feito  Sociologia antes do Jornalismo. 
Eu também costumo dizer que se não quer que eu vá em algum lugar com você  então não me chame,  nem por educação, porque a chance de eu te falar sim vai ser muito alta, geralmente eu só vou te falar não se eu já tiver outra coisa pra fazer.
Nada me martirizaria mais do que hoje, quando eu tenho algumas limitações, ficar pensando, porque eu não fiz isso, porque eu não fiz aquilo. E são nesses momentos em que estamos de alguma forma limitados, como é o caso da quarentena, que esses pensamentos costumam invadir as nossas mentes. 
E mesmo tendo as minhas limitações eu não deixo de fazer nada do que eu quero, talvez eu não faça do mesmo jeito que a maioria das pessoas fazem, mas eu sempre encontro uma forma de fazer aquilo que eu quero . 
Então não  deixe nada pra fazer depois, faça agora, viva seu presente da melhor maneira e da forma mais intensa possível, porque é isso que vai te satisfazer no futuro, pode ser quando  você estiver velhinho, relembrando os bons momentos da sua vida e de como foi bom ter feito tantas coisas que te deram prazer e te ensinaram alguma coisa. Ou até mesmo para contar suas aventuras e desventuras para seus filhos, seus netos.
Eu agora mais do que nunca não deixo nada pra depois.  
Por isso não adie seus sonhos, projetos, ambições, porque ninguém sabe o que vai acontecer amanhã, essa pandemia mesmo, quem poderia imaginar que algo assim pudesse acontecer nas nossas vidas?!
Então faça, viva, não procrastine, não deixe pra viver sua vida depois, porque as vezes pode ser tarde demais.
 Esse conjunto de experiências que formarão seu legado.
 
 

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Uma pequena reflexão

Estamos  vivendo uma situação que ninguém nunca imaginou que poderíamos viver algo parecido em nossas vidas. São milhares de pessoas morrendo, outras milhares ficando doente,  países tendo de escolher quem morre e quem tem direito de sobreviver, vemos o individualismo operando, precisamos deixar de sair nas ruas, deixar de ver nossos familiares e amigos. E isso tem afetado muita gente por muitos países, tanto aqui na America do Sul, como na América do Norte, Canadá, China, Japão. O isolamento é feito para um bem maior, não apenas para algumas pessoas, mas para que outras milhares se mantenham saudáveis, se protejam e protejam  seus familiares. É difícil pra muita gente ficar o dia todo dentro de casa, por dias e dias.  Confesso que pra mim também é, mas por outro lado, eu estou conseguindo fazer muitas coisas que eu ficava adiando pra fazer, por colocar outras coisas em primeiro lugar, também estamos passando  mais tempo com nossas famílias, retomando hábitos que já não tínhamos mais como, fazer as refeições todos juntos, assistir TV juntos, compartilhar situações, assuntos, brincadeiras. Estamos ficando mais próximos um do outro, até dos nossos amigos, porque agora nos esforçamos pra falar mais com eles, pra estamos mais próximos, não que antes isso já não existia, mas hoje está sendo feito com mais intensidade. Será que com tudo o que está acontecendo talvez não seja a hora de refletirmos sobre nossas prioridades, de revermos nossos valores, nossas escolhas, pra quando tudo isso passar, e um dia vai passar, pode  não ser logo, mas um dia vai. E para que então nesse dia nós possamos ser pessoas melhores, nós possamos ter outras atitudes e tornar nossa vida cada vez melhor, com mais união, fraternidade, companheirismo e amor.
Muitas coisas acontecem em nossas vidas para que possamos evoluir, então que  saibamos entender isso e levar esse aprendizado para toda nossa vida. 
muitas dessas mudanças serão  muito utilizadas mesmo depois que essa quarentena passar, porque  toda a nossa vida vai mudar depois disso, nossos comportamentos deverão ser modificados, porque até uma vacina ser feita e produzida em larga escala  esse vírus vai ficar circulando, como um vírus da gripe, por exemplo, mas nós não estamos imunes a ele e a infecção que ele causa  é muito mais severa que a de uma gripe. Então todas essas preocupações que temos hoje de lavar as mãos sempre, de manter uma distância de pelo menos um metro um do outro, limpar todas as coisas que compramos ao chegar em casa, deverão ser feitas sempre, todos os dias, por pelo menos 1 ano ou mais. 
A vacina pra previnir o ebola foi concluída em cinco anos e foi um tempo recorde. Vamos aproveitar essa oportunidade para nos reinventar, rever nossos hábitos  e enraizar essas mudanças em nossas vidas diárias, para nos cuidarmos e cuidarmos de quem está próximo de nós. E para enfim termos e viver em um mundo melhor, onde as pessoas se respeitam mais, respeitam mais a natureza, se cuidam mais e cuidam mais um dos outros.. ❤️ ✨

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Quem espera sempre alcança

 Já diz o ditado: “Esperança é a última que morre”. Pensando bem, não é a esperança que nos motiva? A esperança de ter um dia melhor, conseguir um emprego melhor e ter dinheiro pra pagar as contas, ter um amor pra chamar de seu, ter um filho, ter uma família, trocar o carro, comprar uma casa, cada um deseja alguma coisa, e cada um faz tudo o que pode pra conseguir aquilo que almeja, e o que faz a gente ir atrás daquilo que quer? A esperança de realizar nosso desejo. Recentemente o IBGE divulgou um dado alarmante do nosso país: 13,5 milhões de pessoas ainda vivem com menos de 8 reais por dia. Isso significa que esses 13,5 milhões de pessoas estão vivendo na extrema pobreza. Em 2017 a população total do Brasil era de 209 milhões de pessoas, isso significa que quase 10% da população vivem na extrema pobreza, olhando assim não parece muito, mas você já se imaginou vivendo com menos de 8 reais por dia? O que você faria com esse dinheiro? Não daria pra fazer muita coisa, com certeza,com isso  essas pessoas vivem pra sobreviver. Elas não tem um dia em que pensem: hoje vou sair com minha família, meus amigos. Ou mesmo que planejem viajar, comprar uma casa, comprar um carro. Não, o objetivo de cada dia delas é sobreviver, é pensar como eu vou gastar esse dinheiro da melhor forma pra não morrer de fome. E o que move o dia dessas pessoas? A esperança de ter um dia melhor que ontem, a esperança de conseguir mais dinheiro, a esperança de um dia ter uma vida melhor. E o que seria de nós sem a esperança? Provavelmente nada, nós não teríamos objetivos, não teríamos desejos, apenas veríamos a vida passar, um dia depois do outro, mas sem nenhuma motivação. Seria uma vida bem chata, tediosa e triste. Então vamos ter esperança de ter tudo aquilo que desejarmos, vamos ter esperança que a vida desses 13,5 milhões de pessoas vai melhorar, vamos ter esperança que as coisas vão melhorar, vamos ter esperança que vamos ser pessoas melhores a cada dia. E vamos ter esperança de nunca perder a esperança, de nunca perder a fé, para que nossa vida e de todos seja sempre melhor! ✨

terça-feira, 4 de junho de 2019

Depois da tempestade sempre vem a calmaria

Muita gente já disse pra mim: eu não sei como você consegue! Eu sempre respondo que eu tinha duas alternativas, uma seria eu me entregar e ficar presa numa cama ou numa cadeira de rodas para sempre. A outra, que eu escolhi foi levantar, erguer a cabeça, agradecer por estar viva e ir atrás de me recuperar para ter uma vida normal. Quando eu ainda estava no hospital, o neurocirurgião que me operou me disse que eu podia voltar a ter uma vida normal e foi isso que me motivou a criar forças para recuperar os movimentos perdidos e ter controle novamente da minha vida. Hoje, 9 anos depois, de tudo ter acontecido, eu posso dizer que eu tenho uma vida normal, eu tenho minhas limitações, sempre vou ter, mas eu não deixo de fazer nada do que eu quero fazer, sempre existe uma maneira de fazer aquilo que você quer, é preciso se manter calma e não se desesperar que logo a solução aparece. Pensar que sempre existe alguém pior que você é outro combustível que pode não deixar você desistir. No meu caso, eu tenho sorte de ter só um lado do corpo mais fraco do que o outro e esse não é o meu lado dominante, o que facilita muito para eu fazer as coisas com apenas uma parte do corpo. 
Na hora do desânimo eu penso num amigo que tenho que depois de um acidente ficou paraplégico. Eu falo pra ele que não consigo imaginar como é a vida dele, por mais que eu já tenha ficado um tempo sem mexer nada do meu corpo, tenha ficado um ano na cadeira de rodas, mas mesmo assim não dá pra imaginar como é a vida sem o controle dos quatro lados do corpo. Por mais que alguém chegue para mim e diga que imagina o que eu passo ou o que eu passei, e por mais que a pessoa tenha essa intenção não tem como alguém que não passou pela mesma situação que você,  seja ela qual for, possa imaginar todas as sensações e sentimentos de quem está vivendo. Viver é completamente diferente de imaginar. Há muitos outros casos mais difíceis que o meu, eu tenho um outro amigo que teve paralisia cerebral quando nasceu, então ele não sabe o que é andar, correr, escrever, mas mesmo assim hoje ele está cursando uma faculdade. São essas coisas que não me deixam pensar em desistir porque se eles conseguem eu também consigo. Todo mundo tem um dia ou outro que se sente sem ânimo, sem vontade, mas somos nós mesmos que não podemos deixar esse sentimento nos dominar e mudar nossa postura, pensando de maneira diferente e não se entregar. Não é fácil fazer isso, é um exercício diário, mas quanto mais você você faz, mais esse comportamento se consolida na sua vida.
Então, quando vier aqueles pensamentos que te colocam pra baixo e que querem te fazer desistir, pensa que sempre tem alguém numa situação pior que você e que você não quer piorar, mas sempre melhorar, nunca retroceder, nossa evolução tem que ser diária, vivendo um dia de cada vez e se tornando cada vez melhor, dia após dia.
Logo nos primeiros anos da minha recuperação eu recebi a mensagem de um amigo que eu sempre leio quando estou nesses dias.
“Reconhcemos pessoas fadadas a serem felizes, quando estas são surpreendidas pela vida e mesmo assim recebem tudo que vem pela frente com a grandeza dos escolhidos. Quando recebi a notícia do que lhe aconteceu, senti algo quebrar dentro de mim, senti tristeza e vazio, impotente por nada poder fazer, por não ter o poder de dizer que tudo ficaria bem. 
Me faltou a coragem de te ver no hospital, briguei diversas vezes com a vida por ela ter lhe imposto esse obstáculo àquela altura da vida, chorei calado diversas vezes por não saber lidar com o que acontecia, queria escrever mas não tinhas as palavras certas, queria falar mas minha desenvoltura havia se perdido. E logo eu que tanto conversei com você por 4 anos de faculdade e por 11 de amizade quase todos os dias via fone, MSN, Orkut...
Mas algo me bloqueava, algo me deixava com medo de não reagir da maneira que você merecia que eu reagisse, a gente sempre riu e chorou com a mesma intensidade, nos tornamos amigos de verdade, confidentes de verdade, mas na hora que talvez você precisasse de uma palavra minha eu não consegui lhe dar e me cobrei e me puni muito por isso. 
Em contrapartida sabia que você estava se recuperando, que você era melhor e mais forte que eu, que você acreditava que o obstáculo já havia sido ultrapassado e que você sairia mais fortalecida de tudo que acontecera contigo. O dia que fui a sua casa lhe ver e que conversamos das mesmas coisas de sempre, que falamos bem (e mal) das mesmas pessoas de sempre, percebi que eu não sabia nada da vida, que não sabia a força que as pessoas tem.
Você é minha irmã, é uma pessoa muito importante na construção do caráter que eu tenho hoje, é a pessoa que me fez enxergar que devemos sempre olhar adiante e não parar no tempo para lamentar, o apreço, o respeito e o carinho que tenho por ti não é calculável, mesmo me achando o amigo mais ausente e desnaturado do mundo, saiba que você me fez fazer uma coisa que a anos não fazia, rezar e pedir por alguém que sempre vai merecer o melhor, porque você sempre foi uma pessoa que inspira e que faz todos a sua volta serem pessoas melhores”.
No pain no gain